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OTITES PREJUDICAM A AUDIÇÃO E O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Campanha Nacional de Otorrino Pediátrica alerta para a incidência de infecções no ouvido, principalmente a otite secretora. A doença causa perda da audição em cerca de 15% das crianças na faixa pré-escolar.

Para conscientizar a população sobre as doenças de ouvido, nariz e garganta que afetam o desenvolvimento físico e intelectual das crianças, a Academia Brasileira de Otorrinolaringologia Pediátrica (ABOPe) lança a Campanha Nacional Otorrino Pediátrica. Realizada em parceria com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), a ação ocorre em todo país e alerta a população para as doenças auditivas, entre elas a otite, inflamação no ouvido que atinge 70% da população infantil.

De acordo com a Dra. Renata Di Francesco, presidente da ABOPe, esclarecimentos sobre a otite secretora é um dos principais focos da campanha. A doença causa perda de audição em cerca de 15% das crianças na faixa pré-escolar e influencia diretamente no aprendizado.  

“A otite crônica ou secretora tem como principal consequência a perda auditiva, que pode variar de um quadro leve para o moderado. Sua ocorrência atrapalha o desenvolvimento da fala, além de interferir no processo de alfabetização. Como não ouve bem, a criança é interpretada como distraída e desatenta”, explica.

O tratamento da otite depende do tipo e do grau de perda auditiva. Pode ser clínico, por meio de medicamentos, ou cirúrgico. “Por isso é muito importante procurar um médico otorrinolaringologista, o único profissional habilitado para diagnosticar e tratar de afecções nessas áreas”, esclarece a Dra. Di Francesco.

O diagnóstico precoce também é muito importante e ameniza as dificuldades de aprendizado. Quanto mais cedo o problema for identificado, mais rápida será a reabilitação. “Os pais devem ficar atentos ao comportamento da criança. Nos bebês, é possível perceber a otite caso ele chore ao mamar ou tenha febre”, conclui a presidente da ABOPe.

Para evitar otites, a equipe de especialistas da ABOPe e da ABORL-CCF reuniu as algumas recomendações: